Durante a semana temos tentado dar-vos um enquadramento daquilo que poderá ser o jogo no Dragão. Como jogará o FCP e que dinâmicas é que o Benfica pode ou não escolher. Hoje apresentamos aquelas que seriam as nossas dinâmicas, o 11 que elegíamos para começar o jogo e o porquê das nossas escolhas.

Na baliza, Svilar. Porque o modelo de jogo que achamos melhor para vencer o jogo passa por uma defesa muito alta (e Svilar controla muito melhor a profundidade do que Varela), um GR que saiba jogar com os pés e tenha critério no passe. É dar ordens a Svilar para não arriscar e não se armar em maluco e estava feita a escolha mais do que óbvia.

Na direita André Almeida. Após andar a semana toda a chatear-lhe a cabeça, a dizer-lhe que o Brahimi ia fazer dele gato-sapato e lhe mostrar 100 vídeos do argelino era meter o português lá para dentro com ordens para não deixar Brahimi virar, caso ele tentasse, era o Andrézinho que tinha que o virar.

Na esquerda Grimaldo. Porque íamos ao Dragão para assumir o jogo do primeiro ao último minuto e estava-me a borrifar para a diferença de estatura entre ele e Marega. Preferia salientar a diferença de cérebro entre os dois. O espanhol se quiser não perde um lance.

No centro, Luisão e Rúben Dias. Porque a defesa tem que ser alta, é necessário mais velocidade para controlar a profundidade de Aboubakar e Marega e o português com bola será vital para a dinâmica de “fazer o adversário correr atrás da bola” que queremos impor frente ao FCP. Nos duelos aéreos, tentar que seja Luisão a disputá-los com Aboubakar e Rúben que recue uns bons metros para controlar a profundidade. Não interessa tanto ganhar a primeira bola (pois eles têm clara vantagem nesse ponto) mas sim tentar ganhar logo a segunda. Se alguém estiver a pensar em Jardel em vez de Rubén lá terá que ser não é verdade? Estava só a sonhar um bocadinho…

No meio-campo, Fejsa, Pizzi e Krovinovic. Se este trio estiver bem (tal como na maioria dos jogos, é no meio-campo que eles se ganham), a vitória estará muito mais perto. Têm que pensar muito rapidamente e no máximo dar dois toques na bola. Temos que os fazer correr e pôr a bola a circular, pois com bola no chão, somos muito melhores. Critério e rapidez na execução com bola, concentração, posicionamento e muito querer defensivamente. Também neste último ponto, nenhum dos médios do FCP podem virar para enquadrar com a baliza. Deixá-los tocar, mas a terem sempre que devolver para trás, até que Filipe perca a paciência e bata na frente como faz quase sempre.

Na esquerda Cervi (já que nem vale a pena falar em Rafa…), com ordens para não deixar Ricardo tocar na bola. Com bola, muito critério e procurar jogar por dentro para que Grimaldo suba pela linha e fique sozinho (Marega não acompanha sempre o lateral). Na direita Zivkovic, com as mesmas ordens mas para Teles. A saída do FCP tem que ser exclusivamente por Filipe (ou quanto muito por Marcano), mas nunca pelas laterais, pois é por aí que o FCP consegue começar a criar desequilíbrios.

Na frente Jonas. Ofensivamente com carta branca, defensivamente incumbido de fechar a saída de jogo por Marcano e com ordens para começar a apertar Filipe.

Tal como já foi explicado noutro post, quando a bola sai dos centrais para um médio que esteja de costas, este será o momento ideal para a equipa apertar e subir a pressão para tentar a recuperação alta. Em caso de recuperação de bola, tentativa imediata de colocar o primeiro passe no extremo desse lado e um segundo passe imediatamente a seguir logo no espaço para o extremo do outro lado entrar pelo corredor central (com possibilidade de recurso a Jonas para intermediar esta desmarcação).

Claro que há muito mais detalhes que podíamos estar aqui a descrever (sobre a forma que achamos ser a melhor para abordar este jogo), mas achamos que isto já será suficiente para perceberem o que faríamos. Somos melhores, temos melhores jogadores, bola no chão e cérebros no relvado. Preparem o Dragão para receber o campeão!

O que concordam, o que discordam, o que fariam?