Vem da Rússia o 1º adversário na fase de grupos da Champions League e é com o CSKA (e Man. Utd claro) que se prevê que o Benfica vá discutir o apuramento. Ganhar este jogo é obrigatório e qualquer resultado que não este colocará o Benfica numa posição de desvantagem logo desde a 1ª jornada.

O CSKA costuma apresentar-se em 3-5-2, podendo mesmo neste jogo reforçar ainda mais o meio-campo com a entrada de mais um jogador de características defensivas (Nacho). Uma vez que em organização defensiva os russos defendem em 5-3-2, a entrada de Nacho (saindo o avançado Chalov) iria transformar a organização num 5-4-1, libertando Dzagoev para o apoio a Vitinho nas transições ofensivas.

Akinfeev (31 anos) lidera a partir da baliza uma defesa que além de muito experiente (35, 35 e 38 anos) joga junta há quase 15 anos (irmãos Berezutskiy e Ignashevich). No entanto, apresenta muitas debilidades tanto a nível de organização como individuais (em particular no que concerne à velocidade). A defesa é efetuada homem-a-homem, razão pela qual este será um dos jogos ideais para as entradas de Rafa e Sálvio nas alas, a explorar as diagonais e a sua velocidade nas costas da defensiva russa que deverá ser facilmente desposicionada pelo baixar em apoio de Jonas ou Seferovic.

Outra das debilidades dos russos prende-se com a distância demasiado grande entre a linha defensiva e a média, facto que deverá permitir explorar o jogo entrelinhas, se bem que este será um jogo atípico para os russos, pois deverão baixar em muito as linhas face ao que é habitual (diminuindo assim a distância entrelinhas atrás referida).

Um dos principais pontos de destaque dos russos é a transição ofensiva onde através do drible tanto Golovin como Dzogoev (principalmente este!) transportam a bola do meio-campo defensivo para o ofensivo de uma forma muito rápida e perigosa. A recuperação de Fejsa seria por isso uma ótima notícia pois Samaris tem nas entradas à queima uns dos seus grandes pecados, o que poderá originar contra-ataques perigosíssimos.

Na ala direita surge Mário Fernandes sempre a criar desequilíbrios, tanto por fora como por dentro e na esquerda Schennikov que apesar de ter menor qualidade está a fazer uma excelente época onde já conta com 3 golos.

Na frente, Vitinho é a grande estrela da equipa, capaz de criar desequilíbrios tanto individualmente como em associação com os seus colegas.

Para impedir que o Inverno chegue já a Portugal, e em particular ao Estádio da Luz, deverá o Benfica procurar sair com critério na 1ª fase ofensiva e assegurar-se que a equipa está pronta para reagir em caso de perda da posse de bola. Em ataque organizado deverá procurar explorar o espaço entrelinhas e as desmarcações em profundidade dos seus extremos e de Seferovic. Caso consigam fazer variar o centro de jogo com alguma velocidade (e não com 3 e 4 toques na bola como aconteceu frente ao Portimonense), deverão surgir bastantes falhas na defensiva russa.

Jogo ideal para mostrar que o último jogo foi só um episódio menos conseguido da série com mais sucesso em Portugal.