Incitados por um leitor, aceitámos o desafio de pensar numa equipa sem Fejsa.

Claro que o desafio não fará muito sentido, pois pela quantidade de orações que o sérvio tem sido alvo, de certeza que aguentará até final da época sem se lesionar.

A única resposta correta, no nosso entender, é a de que dependerá sempre do contexto.

Imaginemos as próximas semanas sem Fejsa (batam 3 vezes na madeira).

Para o próximo jogo, contra o Vitória de Setúbal em casa, a solução que mais nos agradaria seria a presença de Pizzi e Krovinovic no meio, a par um do outro. Um jogo em casa, onde o adversário defende com muitos jogadores atrás da linha da bola, a presença de dois criativos traria algumas vantagens à equipa. A defesa teria que estar ainda mais subida e Luisão teria que sair caso alguém viesse em progressão sem oposição no meio-campo, ficando apenas Rúben Dias sozinho na defesa. A aposta seria por ter mais elementos perto da bola de forma a criar condições para uma pressão imediata aquando da perda da mesma. Os laterais seriam chamados a um trabalho maior, pois teriam que estar sempre presentes nas transições defensivas, uma vez que não existiria Fejsa para as dobras. Mais risco, mais ataque, um 4-4-2 mais ofensivo.

Imaginando a semana seguinte no dragão. Faria todo o sentido (e continua a fazer) o regresso a um 4-3-3. Mas enquanto que com Fejsa seria um 4-1-4-1, com um triângulo invertido no meio-campo (Fejsa a pivot e outros dois à sua frente), sem Fejsa a melhor solução passaria por um triângulo com um duplo pivot formado por Filipe Augusto e Samaris (e outro médio à frente dos dois). A amplitude de movimentos laterais de Fejsa é muito superior à de Augusto e Samaris, derivado da sua leitura de jogo, e apenas Augusto ou Samaris poderia ser curto para os movimentos dos avançados do FCP a caírem nas laterais e entrelinhas.

Pensando num jogo como o de Guimarães,  a solução poderia passar por ter Filipe Augusto ou Samaris a fazer o papel do decacampeão. Augusto tem mais bola e movimenta-se melhor, enquanto que o grego… bem o grego não tem nada melhor do que Filipe Augusto. Ah, espera, é melhor no jogo aéreo! E é um excelente profissional e companheiro de equipa! Gosto muito do Samaris, mas ao longo dos anos o grego tem começado a fazer mal, coisas que antes fazia bem (condução do adversário por exemplo…). Cada vez mais as suas características se aproximam mais das de um central do que das de um 8 que outrora foi.

Resumindo, em função do jogo, existem soluções para substituir Fejsa, mas claro que a qualidade não é a mesma. Se em jogos contra equipas que colocam 11 atrás da linha da bola a solução Pizzi e Krovinovic poderá fazer todo o sentido, já nos restantes, a ausência de Ljubomir seria mais sentida.

E para o ano? Para o ano, a resposta é muito fácil e já a demos aqui.