Hoje regressa o Campeonato e o Benfica tem que aproveitar para dizer “Voltámos para ganhar!”

Será importantíssimo entrar bem no jogo e começar a criar a onda vermelha logo desde o início. Ontem falava com um treinador amigo e ele comentava a importância de sair a construir desde trás uma vez que não temos jogadores na frente que consigam ganhar bolas no jogo aéreo. Grimaldo e Rúben Dias serão fulcrais para que tal possa acontecer, uma vez que Jardel, Almeida e sobretudo Varela apresentam muitas limitações nesse capítulo. Os primeiros 30 minutos no Dragão foram quando o Benfica esteve por cima no jogo e, tal como mostrámos aqui, o descontrolo deveu-se sobretudo a Varela ter começado a bombear bolas para os centrais do FCP ao invés de preferir sair a jogar.

Não faz sentido jogar em 4-3-3 senão começarmos a sair a jogar apoiado. Não faz sentido não ter Raúl de início se for para bombear bolas na frente. Tudo no futebol é moldável e os jogadores que jogam têm que ser capazes de interpretar o que o plano de jogo definido lhes pede. Não podemos pedir a Jonas para ganhar bolas no duelo aéreo ou para Pizzi e Krovinovic passarem o tempo todo a verem bolas a passar-lhes por cima diretamente para o ataque. Por isso, se for para optar pelo jogo direto, devíamos jogar num 4-4-2, com Raúl e Jonas na frente, recuando um dos dois em organização defensiva e mantendo-se o mais defensivo 4-1-4-1 nessa fase do jogo.

Caso seja para jogar em 4-3-3, claramente que íamos mais longe do que Rui Vitória no que diz respeito ao controlo do meio-campo. Não será de estranhar que Jorge Jesus reforce o meio-campo do Sporting com Battaglia ou Bruno César, para fazer face aos 3 elementos do Benfica e, por isso, nós trataríamos de reforçar ainda mais o meio-campo, fazendo Pizzi descair para a direita, colocando João Carvalho no centro e Zivkovic na ala esquerda.

João Carvalho, Krovinovic, Pizzi, Zivkovic e Jonas. Se estes 5 não forem suficientes para ir buscar a bola na fase de construção e fazê-la chegar pelo chão e com cabeça às zonas de finalização, então não sei que jogadores seriam. Com estes 5 jogadores, Fejsa, Grimaldo e Rúben Dias será mais do que suficiente para podermos ter um André Almeida e um Jardel (mais fracos na construção) no 11 inicial e não termos problemas de construção.

Claro que na baliza Varela será sempre uma limitação no que diz respeito à construção de jogo e terá que ter ordens claras do treinador para o forçar a jogar curto, mas não faz sentido que seja de outra forma. “Ou jogas curto, ou não jogas. Porque se jogares longo é a equipa que não joga.”

O 11 que atrás enunciámos seria aquele que colocaríamos dentro de campo. O que efetivamente deverá entrar em campo, já anunciámos aqui, mas acreditamos que esse 11 e 61.750 loucos da cabeça serão capazes de fazer a diferença e mostrar a todo o mundo do futebol que o Benfica nunca deve ser subestimado e que cada facada que nos tentam dar faz-nos regenerar novos tecidos e surgir com ainda mais força.

Estão a tentar acordar o gigante? Então preparem-se para o aturar…