Podíamos estar aqui a dizer que a pior notícia é o facto do Benfica não ganhar nenhum jogo que se realize a meio da semana, no entanto, essa teoria cairia por terra logo no dia 3 de janeiro de 2018 – assim o esperamos todos.
Quanto a nós, a pior notícia foi a confirmação de que há jogadores que não contam para Rui Vitória, e portanto, em janeiro o Benfica deverá tentar as suas vendas ou empréstimos. A convocatória efetuada assim o demonstra.
Gabriel, Douglas e Filipe Augusto são alguns deles, mas as suas saídas são justificadas por qualquer dimensão que se queira analisar. No entanto há outros que, insistimos, não faz o mínimo sentido, pois têm qualidade para serem titulares no Sport Lisboa e Benfica.
É fácil de adivinhar, mas João Carvalho e Rafa são dois nomes que trariam hoje de certeza mais qualidade à equipa do que Keaton Parks ou Diogo Gonçalves, por exemplo.
A dispensa de Rafa está para nós num nível de gravidade superior ao da não inclusão de Krovinovic na lista da Champions. Superior porque a situação de Krovinovic ainda se conseguiu emendar, enquanto que a dispensa de Rafa já não conseguirá ser emendada no caminho a trilhar para a possível conquista do pentacampeonato.
A provável dispensa de João Carvalho (cremos que por empréstimo) faz total sentido numa perspetiva de rentabilização de ativo e progressão da carreira do jogador mas apenas face ao que tem vindo a jogar. Face ao que poderia e deveria ter jogado, João Carvalho seria sempre a primeira alternativa a Pizzi e Krovinovic, pois a sua qualidade é superior à de Filipe Augusto e de Keaton Parks juntos.
Também Eliseu deverá estar de saída e caso seja para o regresso de Yuri Ribeiro e para premiar a dedicação do scooter do ano, então esta deverá ser a dispensa que fará mais sentido. Obrigado Eliseu, serás sempre um dos nossos!
Se haveria outras dispensas que poderiam fazer todo o sentido, como a venda de Lisandro ou o empréstimo de Svilar (caso Vlachodimos tenha qualidade e venha já em janeiro), achamos que não deverão acontecer.
Svilar está com a confiança de rastos e RV não está preocupado em recuperar o jogador. Com 18 anos, seria muito bom que Svilar pudesse rodar um ano num clube de média dimensão da Liga NOS.
Lisandro poderia e deveria ser vendido porque simplesmente não tem qualidade para jogar no Benfica e na equipa B existem dois jogadores (Kalaica e Ferro) que têm qualidade suficiente para virem a ser titulares no Benfica a curto-prazo.
Mais uma vez é uma pena que Rui Vitória continue sem perceber a qualidade dos jogadores, muitas vezes mesmo quando estes jogam – recordar que por exemplo, André Almeida tirou o lugar a Nélson Semedo, Júlio César a Ederson ou Eliseu a Grimaldo – são autênticas aberrações na avaliação que é feita dos jogadores.
Esperemos que para dia 3 de janeiro, não se verifiquem os nossos piores receios, e Rúben Dias entre a titular no lugar de Lisandro. Há erros que nem o treinador que colocou o Clésio a lateral direito deverá conseguir cometer.
Concordo genericamente com o post, mas não acho que exista algum clube da Liga que queira receber o Svilar por empréstimo, especialmente em Janeiro.
De resto acho que o João Carvalho deveria ter mais tempo de jogo como alternativa ao Pizzi/Krovinovic e o Parks como opção mais defensiva. O Samaris, Augusto e Lisandro é para vender, se houver quem os queira….
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Em Setembro, perante o acumular de resultados negativos, achei que o Benfica e a sua estrutura, onde incluo Rui Vitória, poderiam aproveitar a primeira metade do campeonato para fazer uma avaliação do plantel, das suas soluções e fragilidades, para começar, em Janeiro a construir o proximo plantel do Benfica, para 2018/19 em diante. Havia decisões a tomar, no sentido do rejuvenescimento da equipa, do desligar de figuras que marcaram o passado próximo do clube – Luísão, Salvio, Jardel, Jonas, Fejsa, Pizzi, Eliseu – para criar o espaço para o florescimento de novos valores – como João Carvalho, Pêpê, Florentino, Gedson, João Felix, Ruben Dias, Svilar, Ferro, Zivkovic, Krovinovic, Keaton Parks, etc.
No fundo, um processo semelhante, por exemplo, ao que Alex Ferguson teve no Manchester United quando passou da geração de Stam, Van Nistelrooy, Phil Neville, Andy Cole, Solskjaer, para a de Ronaldo, Rooney, Tevez e Nani, ou como o Barcelona teve com a passagem de Ronaldinho, Etoo’o e Henry para Messi, Villa e Pedro.
No entanto, a relativa proximidade pontual dificulta a clara definição do caminho. 3 Pontos, a esta altura, tornam impossivel a clara aposta na construção do futuro. Tudo está ainda muito indefinido para que se desligue da tomada a máquina que mantem esta equipa viva na luta pelo Penta. Será possivel um milagre? Uma ultima vitória para uma equipa de campeões? “Never underestimate the heart of a champion”.
Mas quando sobra coração paras as pernas, que fazer?
E como combater a “disease of me”, como descreveu Pat Riley ex-treinador multiplas vezes campeão na NBA, que atinge as equipas campeãs quando se instala a rotina da vitória e os atletas começam a pensar mais nas suas recompensas individuais que nas colectivas?
É esta a encruzilhada em que vejo o Benfica. Suficientemente perto do titulo para sentir que o Penta ainda está ali à mão, com um bocadinho de acerto de rumo, até atendendo à capacidade demonstrada no passado pelos jogadores, mas suficientemente longe para colocar em causa a confiança e a capacidade de impor o rumo necessário para essa conquista, até atendendo às insuficiencias exibicionais individuais e colectivas.
É pois neste contexto que leio este excelente post. E, concordando com o proposto, acrescento à análise:
– Rafa:
Considero que neste momento o emprestimo, de preferencia num contexto competitivo exigente (tipo Watford, Valencia, Monaco, Shaktar) seria muito interessante para o jogador, visto que o libertaria da pressão imediata de produzir o futebol que o “terceiro anel” lhe exige. Outro cenário, puramente especulativo: Aceitaria o Braga uma troca directa Xadas – Rafa?;
– João Carvalho:
Se claramente não conta para Rui Vitória – e ele é pago para tomar estas decisões – o emprestimo faz todo o sentido. Concordo que deveria ser o terceiro médio do plantel, a seguir a Pizzi e Krovinovic, ressalvando que, sem mais competições a partir de agora, isso resultaria ainda assim em poucos minutos jogo e nesse contexto talvez fosse melhor um empréstimo e a aposta, até final da época em Filipe Augusto ou Samaris;
– Eliseu:
Luis Filipe Vieira fala muito da estrutura profissional do Benfica e da sua capacidade de decisão e gestão, no entanto Eliseu é a negação desta realidade. Parece-me claro que o jogador estava já com um pé fora do clube no verão. A sua renovação por mais um ano parece ter sido o resultado de uma decisão de marketing (a celebre lambreta) e não desportivo. No fundo, foi a revisão “melhoral – não faz bem nem mal” pensaram os responsáveis da estrutura. No actual contexto, e agora que o numero de jogos diminui, faz sentido a sua dispensa e a libertação para um contrato das arábias. Yuri Ribeiro tem jogado bem no Rio Ave e pode ser interessante experimentar para ver se é efectivamente solução para o futuro dadas as incertezas (fisicas e financeiras) à volta de Grimaldo;
– Svilar:
Idem, aspas, aspas. Talvez em Setúbal? Desportivo das Aves?
– Lisandro:
Uma das maiores dificuldades dos clubes – e não é só em portugal mas em todo o mundo, e seja no futebol, ou noutro desporto qualquer – é aceitarem o “sunk cost”. O Benfica investiu no Lisandro. Ele não rende. O Benfica acha que tem que fazer dinheiro com um possivel negócio. O resto do mundo do futebol não concorda. Logo estamos neste ponto. Um jogador que está fora no jogo das cadeiras da defesa (será sempre opção atrás de Luísão, Jardel e Ruben Dias), mas que quer ser titular. Como Benfica quer fazer render o activo, vai jogando. Quando joga é como se viu na quarta-feira. Se calhar devia ser utlizado como ponta de lança? Ele marca golos…
A sua saída terá como aspecto mais positivo o estabilizar da hierarquia no centro da defesa e eliminar a instabilidade no plantel, definindo o papel de cada um. Isto tem um valor importante, particularmente quando o calendário desportivo define tão poucas oportunidades de minutos de jogo.
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Mais uma vez Chalana põe o dedo na ferida e estou completamente de acordo com quase tudo o que refere. E digo quase tudo porque, para mim, e desde já peço desculpa se irei ferir algumas sensibilidades, a grande má noticia da passada 4ª feira foi a continuação de RV na liderança da equipa técnica. Não dá mais. É absolutamente incompreensível como é que é possível o Benfica empatar um jogo na Luz com as reservas do Portimonense, depois de estar a vencer por 2-0. Lamento muito, mas não auguro nada de bom para o futuro. Espero estar errado, assim como espero que no próximo dia 3 de Janeiro haja coragem.
Um grande abraço e obrigado.
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O que um incompetente (e sonso) provoca.
É incrível.
E também é incrível a calma e os paninhos quentes.
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O problema não está nem nunca esteve no RV. Quem o afirma isso é quem não percebe nada do que se passa no futebol português e tem de procurar uma razão para dizer qualquer coisa. Era melhor ficar calado.
RV tem tanta culpa como teve JJ quando perdeu tudo. Ficou demonstrado que não tinha.
As conjunturas têm de ser tratadas como conjunturas. São temporárias. E passam como passam as lesões. Com tempo e com o prognóstico correcto.
Algo que os adeptos nunca conseguem fazer como provam as sucessivas aleivosias que se vão lendo ao longo das épocas…
Os insultos à pessoa de RV são indesculpáveis e só podem de vir de mentes doentes, perturbadas e idiotas.
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Óptimo.
Incompetente e sonso vs “mentes doentes, perturbadas e idiotas”.
“Os insultos são indesculpáveis”(!? Em que é que ficamos?)
“O RV não tem culpa nenhuma”(!?)
@ Mongolóide, aqui apontam-se semanalmente os problemas da equipa, sustentados em factos e em exemplos. E chega-se a conclusões. Sendo que uma delas é que o treinador é uma parte significativa do problema.
Se isso não é evidente contesta-se da mesma forma, com ideias, exemplos, factos.
Eventualmente até com humor.
Não havendo inteligência suficiente para isso transforma-se o blog num espaço para ofensas.
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Que fique claro (sem paninhos quentes) que o Benfica foi campeão APESAR deste treinador SEM NUNCA dominar nenhum dos seus rivais mesmo tendo melhores jogadores.
Mais, a insistência deste treinador em abdicar do controle do jogo (posse de bola e recuperações rápidas para voltar a atacar), representa uma perspectiva do jogo contrária aquela que serve de fundação ao modelo do Clube numa perspectiva histórica.
Esta ideia é para mim evidente pouco tempo depois da entrada do RV no Benfica, MAS NUNCA me inibiu de seguir o Clube e o apoiar devidamente em TODOS os estádios do Norte (onde resido). E de naturalmente ficar feliz por ganhar, mesmo tendo a noção que não é este o nível de jogo que faz jus ao nível que as equipas do Benfica me habituaram. E são muitas as equipas do Benfica que jogaram muito futebol durante décadas.
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Que sorte! que desígnio! termos mentes que do alto da sua sapiência, paga a peso de ouro ou talvez apenas por uma sandes de couratos, conseguem qualificar uma enorme franja de adeptos e sócios do Glorioso como portadores de mentes doentes, perturbadas e idiotas!
Dignas apenas de engrossar as hostes adversárias.
Relembrando o antigo 3º anel e de acordo com o exigente grau de subserviência hoje reinante, qual seria hoje o destino dessa rapaziada estupidamente mal educada, provocadoramente exigente e exacerbadamente Benfiquista senão fazerem parte das hostes da macacada ou dos calceteiros do Lumiar?
Ficaria assim o peso de cada equipa muito mais equilibrado, mais de acordo com as exigências da indústria (será isso?) em vez desta décalage que hoje se faz notar entre o Glorioso e as outras duas equipas regionais que nos combatem!
Devagar, devagarinho, talvez lá cheguem, que peso do dinheiro consegue (quase) tudo!
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Em relação ao Svilar penso que o ideal seria o resto do ano a titular na B.
Para continuar a sua adaptação e não levar outra vez com mudanças.
Para o ano sim, numa equipa da Liga NOS onde pudesse evoluir todos os aspectos do seu jogo (teria de ser uma equipa onde lhe pedissem que saisse dos postes e jogasse com os pés). Depois disso se estiver pronto para o Benfica já nos podemos dar por felizes.
Em relação ao Eliseu faz todo o sentido ficar até ao final do ano.
O Rafa faz todo o sentido sair (ainda vai a tempo do mundial apesar de já não ser facil).
Sendo o sistema de 3 médios para manter o João Carvalho é de ficar.
Em relação a saídas.. Lisandro obviamente e.. Rui Vitória xD
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