Amanhã em Vila do Conde, aguarda-nos a maior equipa de todas as mais pequenas. A equipa que tem um modelo de jogo perfeitamente definido e o respeita. De todas as equipas da Liga NOS, o modelo de jogo que mais me agrada.

Confiança, posse, ousadia, procura de espaços e inteligência. A procura de aproximar do sucesso em todos os passes que se dão. Uma razão por detrás de cada ação. Mérito gigante de Miguel Cardoso, que soube beber e influenciar Paulo Fonseca naquilo que é o modelo de jogo que preconizam.

E o saber manter-se fiel, mesmo aos 90 minutos com os adeptos a pedirem para se bombearem bolas para a frente, ao seu modelo de jogo de sair a jogar e procurar criar espaços para penetrar. “Comigo será assim e enquanto aqui estiver é assim que vamos jogar.”

Tirando FCP e SCP (pelas razões históricas de equilíbrio), o pior adversário que nos podia ter calhado, ainda para mais a jogarmos fora.

Será necessário um Benfica ao nível dos primeiros 30 minutos no Dragão para passarmos para os quartos-de-final da Taça de Portugal. Caso o Benfica consiga jogar aquilo que sabe, será um jogo interessantíssimo, pois de certeza que o Rio Ave jogará aquilo que sabe. Como o faz em todos os jogos, mesmo aqueles que perde.

Rúben Ribeiro, Tarantini, Geraldes, Novais, Guedes…talento e inteligência ao serviço da equipa. Claro que nós com Jonas, Pizzi, João Carvalho, Zivkovic, Rafa, Grimaldo, Krovinovic e outros, temos muito mais qualidade e inteligência. Mas é necessário que seja essa a ideia de jogo, a ideia de procurar coletivamente resolver os problemas que o jogo nos cria, ao invés de procurar a notoriedade individual com um ou outro rasgo técnico.

Atrevo-me a dizer que este será, pelo grau de dificuldade e contexto atual (mudança de tática, aproximação de janeiro, entre outros fatores), o jogo que será o espelho do que resta da época do Benfica.

Tem a palavra Rui Vitória, os jogadores que este escolher e os adeptos que estarão presentes em Vila do Conde. É hora de Sport Lisboa e Benfica!