De realçar desde já o facto de não termos abdicado das fases ofensivas, ao contrário do que tinha acontecido no Estádio da Luz. Um jogo mais conseguido em Old Trafford do que no Estádio da Luz.

Taticamente dispostos em 4-1-4-1, o Benfica conseguiu fechar quase todos os caminhos para a sua baliza, tendo sido a imaturidade e a falta de sorte a construírem o 2-0 para os ingleses. Após um penalty duvidoso cometido por Douglas e defendido por Svilar, viria a ser o azar a fazer o 1-0. A diferença entre a bola que bate no poste e entra (Matic) e a bola que bate no poste e sai  (Raúl), apesar de ser de apenas uns centímetros, traduz-se de forma gigantesca. Outro penalty também ele duvidoso, tendo em conta que no início do jogo há um lance em que Pizzi é carregado dentro da área de igual forma e o árbitro nada assinala, permite aos ingleses fazerem o 2-0.

A nível coletivo nenhuma das equipas conseguiu fazer a diferença, sendo que esta se traduziu nos lances individuais, ora através de Diogo Gonçalves pelo Benfica ou Martial, Matic, Lukaku e outros pelo Manchester United. Com o 11 que o SLB apresentou, seria sempre difícil fazer a diferença através da qualidade individual. Como a nível ofensivo o coletivo não tem conseguido fazer a diferença, as hipóteses ficaram à partida ainda mais reduzidas.

Individualmente a confirmação de muitos pontos positivos (Svilar, Rúben,…) que já têm surgido noutros jogos, e aos quais esperamos apenas que Rui Vitória adicione os restantes jogadores que também podem fazer a diferença.

A ausência de Jonas

Mais uma vez, não conseguimos perceber como é que se pode deixar o melhor jogador do Benfica de fora. O melhor jogador de qualquer equipa tem que caber sempre em qualquer esquema tático que o treinador queira adotar. Senão cabe, não se adota esse, escolhe-se um parecido que fomente a organização que se pretende mas onde caibam os melhores. Salvo raríssimas exceções, o que não era o caso.

Mas na essência, este tem sido o principal problema de Rui Vitória: não conseguir identificar quem são os melhores. Passou-se com Nélson Semedo, Lindelof, Ederson, Grimaldo, Rúben Dias, Svilar… e passa-se agora com Krovinovic, Zivkovic, João Carvalho, Rafa, entre outros… estivessem os melhores em campo e o Benfica apresentava um futebol com muito mais qualidade e quase de certeza também com melhores resultados. Quando daqui a alguns anos alguém vos relembrar que Samaris e Filipe Augusto tiravam o lugar a Krovinovic e João Carvalho vão abrir a boca de espanto. Há 2 anos eram Almeida e Eliseu que sentavam Nelsinho e Grimaldo.

Os adeptos

Nada que nos surpreenda o facto dos adeptos do Benfica se terem feito ouvir durante todo o jogo e mesmo após este terminar. Somos o único elemento que não é nunca excluído da convocatória e faz questão de dizer presente em todos os momentos. Parabéns e obrigado aos que lá estiveram, mais uma vez demonstraram o que é o Sport Lisboa e Benfica!

 

E vocês o que é que acharam do jogo?