Confesso que foi a 1ª vez que assisti a uma goleada por 1-0. Não que o Benfica tenha jogado muito bem e feito por merecer ganhar por mais, porque não fez, ou que tenha jogado tão pouco que não merecesse sequer ganhar por 1-0, porque mereceu. No entanto, a sensação que tive quando saí do Estádio da Luz foi de que tínhamos goleado por 1-0. Porquê? Porque nesta altura qualquer conquista de 3 pontos sabe que nem uma goleada no passado recente. E quando o nosso golo acontece a partir de um canto (sim, eu sei que foi passado 15 segundos do canto ter sido batido mas não interessa, conta na mesma 😛 ), então temos as condições reunidas para sorrirmos um pouco mais.

A equipa jogou mais nos 11 minutos iniciais do que no restante jogo. Até ao golo de São Jonas, aquele que muitos teimam em dizer que devia estar no banco, já o E.T. tinha ameaçado por duas vezes a baliza do Feirense. Depois disso foi o Benfica a tentar controlar o jogo, e a não o conseguir e o Feirense sempre muito expectante e a pensar mais em garantir que não sofria o segundo do que em marcar. Com 8 golos em 12 de bola parada, o Feirense sabia que poderia marcar num lance desse género ou noutro qualquer fortuito. Não valia a pena expor-se muito.

Perante muitos bocejos e assobios da bancada, lá foi o jogo andando, com o Benfica a melhorar na 2ª parte, em particular depois da entrada de Pizzi. Quando Krovinovic entra, surge dos pés do croata a melhor jogada do encontro.

Defensivamente, o perigo veio de bola parada ou de cada vez que Fejsa tinha um bloqueio mental. Não foi um jogo nada normal o que Fejsa fez.

 

Conclusão

Foi mais do mesmo. Com algumas melhorias derivadas das afirmações de Svilar e Rúben Dias no 11, mas ofensivamente é muito pouco o que o Benfica tem feito. Quando se tem de fora Pizzi, Zivkovic, Krovinovic, Cervi, Rafa e João Carvalho, seria de supor que temos o Iniesta e o De Bruyne a jogar de início, mas não, temos Filipe Augusto e Sálvio.

Com a ausência de princípios coletivos ofensivos que estejam a funcionar, acaba quase sempre por ser a nível individual que é feita a diferença. Se os melhores estão cá fora, não há muito como melhorar.

Rui Vitória já percebeu as melhorias que obteve com Svilar e Rúben; temos que ter esperança que venha a acontecer o mesmo noutras posições!