A 2ª parte trouxe algumas melhorias na equipa, em particular o facto da bola ter chegado mais vezes ao flanco esquerdo onde Grimaldo e Zivkovic fizeram a diferença, tendo Jonas e Pizzi subido de rendimento nesta fase, combinando muito bem com a dupla do lado esquerdo. Nota muito positiva para Filipe Augusto que manteve a boa exibição da 1ª parte – erra no entanto algumas vezes na contenção que faz, permitindo ao jogador com bola vir para dentro.
A grande dificuldade continuou a ser a amálgama de jogadores que os russos continuaram a ter dentro da área. Após o Benfica marcar surgiram uma série de jogadas onde o Benfica, apesar de continuar a ter dificuldade em arranjar situações claras de finalização, podia ter dilatado a vantagem. Apesar da equipa russa continuar toda atrás, a confiança da equipa encarnada subiu e isso notou-se claramente. Até que Zivkovic torna a sofrer uma falta não assinalada pelo árbitro e origina um contra-ataque russo, que após dois pontapés de canto permite ao árbitro inventar um penalty. Pouco depois, através de outro pontapé de canto surge o 1-2 para os russos.
Daí até final foi mais do mesmo, com os russos com 9 jogadores dentro da área a tentarem (e conseguirem) defender a vantagem alcançada, onde o Benfica sentiu claramente a falta do matador que agora habita em terras francesas e que encaixava perfeitamente nestes jogos, onde é necessário um ponta-de-lança que consiga fazer frente a uma defesa muito compacta e que apenas necessite de uma oportunidade para marcar. Tem que trabalhar Rui Vitória nas dinâmicas ofensivas perante defesas muito recuadas e povoadas, tendo que arranjar maneira de criar superioridade numérica em partes específicas do terreno.
Nota positiva para Gabigol que não procurou resolver sozinho os problemas, mas sim através de combinações com o resto da equipa. Para quem aparentava ter tiques de vedeta é um pequeno mas bom indicador inicial.
Em 10 jogos destes, perdíamos 1; infelizmente foi este. Resta-nos agora identificar e corrigir os erros que cometemos, pois ainda temos 5 jornadas para tentar a qualificação. Muito cuidado com o jogo do Manchester United pois assemelha-se em muito ao jogar do CSKA mas onde os artistas têm uma qualidade muito superior.
Gabigol se não se perder para o Clube da Picanha ou para o Urban, pode vir a ser a coisinha mais parecida com Jonas que está para ali. Infelizmente a vontade dele em jogar com a bola junto à relva e movimentos interiores fazem antever um futuro negro no regresso do Chuveirinho à Vitória.
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