1ª parte na Luz frente ao CSKA na 1ª jornada da Champions

Melhor em campo: Filipe Augusto. O brasileiro apesar de ainda cometer alguns erros na abordagem de alguns lances, já está num patamar bem superior a Samaris. Parou quase sempre bem os lances dos russos e foi o principal responsável por o Benfica ter passado 80% do tempo em ataque organizado.

A acompanhar, Grimaldo e Zivkovic. Inteligência a rodos sempre na procura da melhor decisão; já do outro lado, Sálvio e André Almeida teimavam em escolher caminhos sem saída.

Pizzi com uma exibição “normal” e Jonas muito fora do jogo (em relação ao que costuma fazer) e daquilo que o Benfica necessita que ele traga. Seferovic sempre muito escondido entre 3 centrais.

Como defenderam os russos

Os russos defendiam em 5-3-0-2, com dois avançados que quase nunca defendiam e se preocupavam apenas após a recuperação de bola, 5 elementos muito recuados e 3 médios enfiados quase juntos aos defesas. O espaço entrelinhas (defesa e média) que normalmente os russos dão a acontecer poucas vezes neste jogo pois as linhas estavam tão recuadas que raramente surgia este espaço. Na conquista da posse de bola, um pouco como faz o Manchester United, médios a correr em progressão para procurar explorar o contra-ataque. A procura de transformar cada posse num contra-ataque.

O que podíamos ter feito melhor

Para atacar bem uma equipa que defenda com muitos, é necessária muita paciência. Em cada toque na bola, pensar no que fazer: explorar a superioridade numérica ou se em inferioridade descobrir outros caminhos onde haja superioridade. Com a variação de flanco deverão surgir espaços na zona central que devem ser aproveitados para criar desequilíbrios. Os avançados devem procurar retirar os centrais das zonas centrais e tanto procurar jogar em apoio como em rutura. O Benfica fez isto várias vezes, mas houve muitas onde a bola chegava ao lado direito e o gelo moscovita congelava alguns cérebros. Sempre em inferioridade nesse lado, sempre a querer lutar contra o mundo…