Jonas, Seferovic, Raúl e Gabigol. Com João Carvalho a poder aparecer também a fazer de Jonas. 4 jogadores (+1) para duas posições.

Já aqui falámos algumas vezes de Jonas, mas de certeza que falaremos muitas mais. O brasileiro não foi só apenas mais um bom jogador que chegou ao campeonato português. Jonas é o jogador mais talentoso e com mais rendimento desde Deco. Vários foram os talentos que passaram por Portugal e não renderam o que o seu talento faria prever (Aimar por exemplo não o conseguiu fazer pelas lesões que teve) e outros que passaram por cá e apesar de não terem “o” talento conseguiram obter números impressionantes (Cardozo). Jonas tem o talento e em cada toque ou movimentação dentro de campo demonstra-o. Sabe e ensina que a equipa está acima de tudo e só jogando em equipa é que se conseguirão obter os resultados pretendidos. É por ele que passará em muito (ou não) o sucesso de uma época. Faz sempre o que o jogo lhe pede e consegue executar com uma classe só ao alcance dos predestinados.

Seferovic: máximo de golos numa época 11. Em 3 das últimas 4 épocas, 4 golos como registo. A sério que vamos contratar este coxo? O responsável por esta contratação sorriu e disse-nos para esperarmos. “Este é daqueles que não engana”, disse. Perguntei-me como é que tal seria possível…os registos eram maus demais mesmo para quem joga no Eintracht e na Real Sociedad. Primeiro jogo amigável na pré-época e elahhh, querem ver que o X tem razão? O homem é super inteligente e tanto joga em apoio como em rutura… vai ser o cabo dos trabalhos… ele e Jonas…e pronto, é o que se está a ver. O suíço com a variabilidade de movimentos que oferece é um verdadeiro canivete e permitiu ao Benfica modificar o seu estilo de jogo, passando a jogar com dois homens móveis, ao invés de um mais fixo na área; um pouco do que já fazia quando jogava Raúl, mas com uma dinâmica ainda maior. Raúl dava largura ao ataque do Benfica, Seferovic dá largura e profundidade; para além da sua capacidade matadora que é superior à do mexicano. Um achado!!

Raúl tem vindo a crescer dentro das ideias da equipa e atualmente consegue ser um complemento muito bom para Jonas. Sempre com a motivação a níveis muito elevados, entrar diretamente no 11 ou a partir do banco traz-lhe igual rendimento. Precisa de melhorar a finalização e tentar explorar mais vezes a profundidade na zona central nas costas da linha defensiva (à imagem do que faz Seferovic por exemplo). O atacante com maior capacidade de pressão (tem que aprender para ser a melhor no entanto) é um luxo para o Sport Lisboa e Benfica ter um atacante destes no banco. Quando entrar, continuará a marcar golos.

Gabigol veio porque Mitro quis sair para jogar o Mundial (caso se apurem), precisávamos de um jogador que não se importasse de ser 4ª opção e que caso seja necessário tenha qualidade para entrar no 11. Gabigol tem qualidade e preenche estes requisitos, sendo o tipo de avançado móvel que se encaixa neste jogar mais dinâmico da frente atacante do Sport Lisboa e Benfica. Se jogar, ou dá o salto de inteligência para que D’ArtaJonas e os 3 mosqueteiros (Pizzi, Seferovic e Cervi por agora) o aturem, ou então vai ficar com as orelhas a arder. Relembramos o início difícil de Mitro, por exemplo, em que Jonas o xingava cada vez que o grego pensava nele ao invés de pensar na equipa; aprendeu o grego quando viu o brasileiro isolado frente ao guarda-redes passar-lhe a bola para que este só tivesse que encostar. Claro que só aprendeu porque Jonas o tornou a xingar e a dizer-lhe “Estás a ver como é fácil??”

NOTA FINAL (0-10): 9 (nota 8 em 2016/2017)