Mantém-se a dupla do ano passado: Fejsa e Samaris. A diferença entre os dois é muito grande, sendo que a equipa se ressente das constantes ausências do sérvio. O ano passado, Fejsa esteve muito melhor a nível de lesões, tendo conseguido atingir os 35 jogos (que não atingia desde 2008/2009).

Defensivamente, Fejsa é um monstro e o melhor a atuar em Portugal. Capacidade incrível de leitura do jogo, posicionamento impecável, capacidade de dobrar os companheiros, consegue quase sempre conduzir os adversários para onde quer…enfim, o sonho de qualquer treinador neste aspeto do jogo. Ofensivamente, bastante limitado, não se expõe ao que não sabe. Tem melhorado com o tempo, mas esta ainda continua a ser a sua maior lacuna.

Quanto ao grego, é uma boa opção para substituir Fejsa e um líder no balneário. Defensivamente creio que tem vindo a piorar com o tempo (muito mais impetuoso e a esquecer-se de princípios básicos – como impedir a progressão pelo meio ao invés das linhas, coberturas defensivas, etc.) e apesar de melhor tecnicamente com bola do que o sérvio, não tem feito a diferença nesse capítulo quando joga.

Na ausência destes 2, Filipe Augusto tem  assumido as despesas desta posição, mas tal apenas correrá bem em jogos em que o adversário se remeta a defender. Filipe Augusto tem-se esforçado por apreender muitos dos conceitos do pivot defensivo, mas esta continua a ser uma das posições mais críticas para o jogar do Benfica e não é fácil estar à altura das exigências. Saber quando dobrar um lateral ou ocupar a vaga do central que irá à bola, parar um contra-ataque com falta ou simplesmente encaminhar o adversário para a lateral, fazer contenção ou esperar, …as opções são tantas a cada instante que é muito difícil perceber rapidamente o que o jogar da equipa exige a cada momento. Filipe Augusto estará sempre mais próximo do 10 do que do 6, porque sempre jogou mais com bola do que sem.

NOTA FINAL (0-10): 8 (nota 8 em 2016/2017)