Luisão, Jardel, Lisandro, Rúben Dias e Kalaica. São estes os centrais para atacar a época 2017-2018 e é esta a ordem preferencial de Rui Vitória para o escalamento do 11.

Sem Lindelof perde-se qualidade com bola e capacidade de queimar linhas em posse. O sueco cumpria defensivamente (como Jardel por ex.) e ofensivamente transformava-se facilmente num médio centro em posse (capacidade de progredir perante a ausência de oposição).

Perde portanto o Benfica, acima de tudo, na capacidade de sair a jogar. Isto notar-se-á mais em jogos em que as equipas adversárias façam pressão mais alta. Jardel tem aí a sua maior limitação e Lisandro, apesar de até ser melhor que o brasileiro neste aspeto, é mau em tudo o resto que envolva dinâmicas coletivas defensivas. Pela forma de jogar do Benfica, com a defesa sempre muito subida, Lisandro é o elo mais fraco dos cinco, pois raramente consegue estar coordenado com os restantes elementos da linha defensiva.

Rúben Dias e Kalaica sabem sair a jogar. Sendo esta uma das grandes dificuldades de Luisão (progressão com bola e recuperação em caso de insucesso), um dos dois devia ser o parceiro do líder que mais troféus conquistou com o glorioso símbolo ao peito. Teriam tempo e espaço para aprender (até porque defensivamente já estão os dois muito evoluídos) e ofensivamente, na 1ªfase de construção, poderiam começar já a marcar a diferença. Duvidamos que Rui Vitória opte por qualquer um dos dois, mas a optar deverá ser por Rúben Dias como se verificou na pré-época. Cremos que o futuro capitão do Benfica não desiludiria o Mister Vitória e encheria de imediato as medidas a todos os adeptos encarnados, agarrando o lugar como Lindelof o fez. Com a diferença de ser um líder nato e ter mística a correr em todas as veias.

 

NOTA FINAL (0-10): 7 (nota 8 em 2016/2017)