Tal como prometido, aplicaremos a metodologia por nós desenvolvida (EPU – E Pluribus Unum) para avaliar do grau de dificuldade dos jogos dos 3 grandes em cada jornada.
Serão tidos em conta os confrontos dos últimos 5 anos, a forma atual das duas equipas em confronto, a classificação que ocupa* e outros fatores que possam desequilibrar a nível físico (começou a pré-época mais cedo, teve menos tempo de descanso desde o último jogo, está com muitas lesões, etc.).
Apesar do SCP já ter jogado, apresentamos também o grau de dificuldade calculado automaticamente.
Concordam com os graus de dificuldade apresentados?
*Nota: até à 5ª Jornada inclusive, um dos fatores será a classificação obtida na Liga do ano passado. A partir daí, será tida em conta a posição atual da equipa pois a amostra já se aceita como significativa.
Não querem explanar melhor a forma como chegam a esse número mágico? Por exemplo a forma como traduzem os últimos 5 confrontos e como se normaliza o efeito de um treinador diferente, momentos de equipa diferente etc.
De resto, assumo que se chega a este número mágico quantificando todos os outros factores. Como é que se procede a essa quantificação? As lesões é só pelo número de lesões, ou há um coeficiente para a importância desse jogador na equipa (por exemplo uma lesão de Luisão não tem o mesmo peso de uma lesão de Paulo Lopes). E como se chega a esse coeficiente?
O índice no final é uma pura média aritmética, uma média ponderada, ou nada disso?
GostarGostar
Fernando Aguiar,
O índice final resulta de uma média ponderada. Para essa média, entram fatores como a forma das duas equipas nos últimos 5 jogos, a classificação atual, o histórico de confronto dos últimos 5 anos e a forma física/lesões/outros fatores relevantes. Neste início de campeonato, como ainda não há dados suficientes, entramos com os dados do ano passado (no que diz respeito à classificação por exemplo). Esta metodologia permitir-nos-á comparar o grau de dificuldade de cada jogo (dos 3 grandes e entre jornadas) e no final proceder a uma avaliação de quem é que saiu mais beneficiado com o sorteio (defrontar uma equipa quando ela está em último e vem de 5 derrotas é diferente de a defrontar quando está em 10º e vem de 5 vitórias por ex.). Adicionalmente, comparamos a variação do grau de dificuldade entre jogos, o que poderá conduzir a um maior relaxamento ou subida nos níveis de concentração.
Consoante o campeonato vá avançando, creio que ficará mais claro para todos os leitores.
Esclareci as tuas dúvidas?
GostarGostar
«Consoante o campeonato vá avançando, creio que ficará mais claro para todos os leitores.» Aguardemos então mais 4/5 jornadas.
A resposta acaba por não ser totalmente satisfatória por não explicar como se chega ao resultado final. Tentando-me explicar melhor.
Indíces compósitos (não sei se é o nome deles em português), do qual este parece ser uma variação, não são a minha especialidade, apesar de trabalhar regularmente com eles. Mas a malta de estatística que percebe da coisa e que trabalha comigo o que diz normalmente nas discussões é que o indíce apresentado a seco não diz nada. Com tempo a malta habituou-se a ter de arranjar representações dos dados que dão origem. Isto pode ser por tabelas, gráficos de barras, radar charts etc, mas nunca se trabalha só com o indíce em seco.
Por exemplo, vocês mencionam as lesões. Como é que se quantifica um lesão do Luisão? E se o lesionado for Jonas (bate na madeira)? E se for o Sálvio? E nos últimos confrontos, há diferenças entre ser o Abel, o Couceiro ou o Paulo Fonseca o treinador?
Serve este “questionário” mais para perceber a coisa do que propriamente para malhar, por isso não entendam como sendo a última. Na volta até estão a usar uma metodologia já validada e compreendida, simplesmente eu não estou familiarizado.
Abraços e votos de bom trabalho.
GostarGostar